segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A Astrologia e os Oráculos


A Astrologia é um dos tipos de oráculos mais antigos do mundo.

Mas sua função não foi prescrutar o futuro, e sim, saber quando era o melhor momento para uma adoração divina ou casamento. Ou seja, a função da Astrologia foi indicar ao homem do passado, para onde seus olhos deveriam estar mirando, isto é, em seus Deuses e as funções sociológicas inerentes a essa adoração. 

Com o tempo a Astrologia foi ampliando suas funções, ajudando os antigos astrólogos e priorizarem também o agendamento dos rituais. Para tanto, era necessário saber os melhores momentos para isso. Então os solstícios e os equinócios foram os primeiros pontos descobertos pelas observações astrológicas. 

O solstício (palavra latina que quer dizer "sol que não se mexe") é o dia do ano em que o Sol se demora mais no céu, onde a noite é mais curta, iniciando a partir daí o verão. 

O equinócio (aequos, do latim e quer dizer igual) é quando a Terra (a linha do equador)  se alinha de forma paralela ao Sol, fazendo com que sua rotação distribua os raios solares de forma igual para os dois pólos, trazendo assim a primavera para o hemísfero norte e o outono para o hemisfério sul. 

Os equinócios ocorrem nos meses de Março e Setembro. 

Os solstícios, no mês de Dezembro e Junho. 

Saber onde estava o Sol e quanto tempo durava o dia, já que era algo perceptível por sua oscilação de, ora dias mais longos ora dias mais curtos, foi necessário também criar marcadores celestes. Ao ficarem tanto tempo olhando o céu, observando a Lua e o Sol, fizeram com que os primeiros astrólogos descobrissem ou nomeassem as estrelas e, posteriormente, as constelações. 

Assim, surgiram os signos, e com o tempo, cada constelação que aparecia no Zênite, que é o ponto mais alto do céu,  fizeram com os astrólogos e sacerdotes percebessem certas coincidências de acontecimentos na entrada e saída dessas constelações. 

O comportamento do homem que nascia sob uma constelação, era diferente de outro que nascia sob outra. As emoções de uma pessoa que nascia de dia, era diferente de uma pessoa que nascia de noite. Quando a Lua esta Cheia, num nascimento, indicava um bebê mais alegre, quando Nova, indicava um bebê mais triste e, talvez, adoentado. 

Aqui, portanto, a Lua começou ter mais importância, pois a sobrevivência de uma tribo necessitava de uma geração de filhos bem nascidos. Escolher a Lua certa para o coito e parto, era essencial para a sobrevivência de todos. 

Com o tempo, saber o que iria acontecer no presente, já não era tão importante, mas sim, o que aconteceria no futuro. Será que da mesma forma que conseguimos ver fragmentos de acontecimentos recentes pelas constelações e planetas, poderíamos saber também como será daqui um ano, uma década, uma geração inteira?

Assim, novas observações foram sendo feitas, e descobriu-se que quando Saturno transitava em determinadas constelações, coisas estranhas ocorriam. Mas quando Vênus transitava, era o prenúncio de ocorrências afortunadas e felizes. 

E tudo isso foi sendo catalogado, em primitivas tábuas de argila na Suméria, em pedaços de bambus na China e em fragmentos de tecido e madeira na Índia. 

Conta-se que esse conhecimento não foi dado assim de forma tão aleatória. Acredita-se que os primeiros astrólogos foram os atlantes. Mas de quem eles aprenderam?

O livro de Enoque nos conta que os anjos caídos sabiam prescrutar os céus através das estrelas e ensinou seus conhecimentos para as mulheres seduzidas por eles. Assim elas sabiam curar, ler os planetas e a astrologia e como obter os oráculos a partir dessas observações. 

De qualquer forma a Astrologia que foi repassada de povo para povo foi ganhando ares de ciência e credibilidade diante dos chefes e reis das nações. 

Com o tempo, nenhum bom rei fazia nada sem antes consultar um bom astrólogo, para entender o que os Deuses queriam lhes dar de recados sobre alguns acontecimentos, sejam essas ocorrências decididas pelos homens, sejam decididas pela natureza. 

Alinhar a simbologia planetária e conhecer seus mistérios só é possível a partir de muito estudo e dedicação.

Hoje temos muitos livros que podem nos direcionar a este conhecimento, mas um curso numa escola de astrologia é imprenscindível para dominar essa ciência. 

Apesar que usar a palavra Ciência deixa os cabelos de físicos e astrônomos arrepiados, a gente não liga, afinal, nós somos os pais deles e não somos pais arrogantes ou desnaturados. 

O que é chato para eles e para muita gente que acha a Astrologia uma pseudo-ciência e coisa de quem não tem o que fazer, é pegar previsões que realmente acontecem na vida das pessoas. 

Mas isso, para eles, só aconteceu porque deveria acontecer, a Astrologia nada tem a ver com isso. Sim, mas se não fosse a Astrologia essa pessoa não saberia de tal evento com tanta antecedência a ponto de poder se agendar e esperá-la com as devidas providências. 

Na história houve muitos astrólogos importantes como Picatrix, Paracelso, Agripa, Nostradamus e tantos outros. Suas previsões foram reconhecidas pelos homens de seu tempo e, até hoje, muitos se debruçam para entender seus escritos para obter o segredo de suas acertibilidades.

Hoje a Europa tem se despertado para esta arte e a maioria de meus clientes são de portugueses, franceses e ingleses.

A Astrologia se rende diante de um bom astrólogo. Para tanto, conhecer essa egrégora e pedir sua permissão para prescrutá-la é essencial para obtermos os acertos tão desejados pelos nativos. 

Mas isso já é uma outra história e tão misteriosa quanto a própria Astrologia...


.:.


1 comentários:

Marília Magalhães disse...

Quero parabenizar o autor. Foi muito enriquecedor e cheio de conteúdos esclarecedores. Gostei muito.
Grata.

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